O termo foi inventado por D’Ambrosio para descrever as práticas matemáticas de grupos culturais identificáveis. O termo também é utilizado, algumas vezes, para identificar, especificamente, em pequena escala, sociedades indígenas. Mas, num sentido mais amplo, o prefixo “etno” pode referir-se a qualquer grupo como por exemplo, sociedades nacionais, comunidades de trabalho, tradições religiosas, classes profissionais, e assim sucessivamente. As práticas matemáticas incluem sitemas simbólicos, desenhos espaciais, técnicas práticas de construções, métodos de cálculo, medida, tempo e espaço, modos específicos de raciocínio e dedução, e outras atividades materiais e cognitivas que podem ser traduzidas para uma representação matemática formal.
FONTE: http://www.rpi.edu/~eglash/isgem.dir/isgem_pg.htm (modificado)
Sua importância?
Por valorizar a matemática dos mais diversos grupos culturais e sociais ela pode ser uma importante ferramenta de inclusão à Matemática. É simples, todas as pessoas, todos os povos, em diferentes culturas, possuem formas de lidar com o conhecimento matemático, que lhe são próprias e é preciso que sejam respeitadas estas diferentes, mas não menos importantes formas de conhecimento matemático.
Diferente da matemática tradicional que ignora estas especificidades, negando os conhecimentos anteriores, a Etnomatemática valoriza estas diferenças e reconhece que todas as formas de reprodução de conhecimento matemático (modelos matemáticos) são válidas e estão sempre ligadas a tradição, sociedade e cultura de cada povo.
Ela é, então, uma nova linha de ensino, que valoriza diferenças, trazendo-as para o contexto da escola. Assim, ela reconhece o conhecimento dos alunos, trazidos de suas casas e vidas, de suas experiências, assim ela tenta aproximar os conteúdos trabalhados na escola o mais possível da realidade vivida pelo aluno, para que assim este possa se interssar ao assunto em sala de aula, o que é muito importante no processo cognitivo e de ensino-aprendizagem.